A gripe é uma doença respiratória de elevada transmissibilidade, causada pelo vírus influenza que provoca febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo e mal estar. O maior problema da influenza são as complicações como otites e pneumonias, que podem levar à internação e até mesmo ao óbito.
É causada por um vírus RNA da família dos Ortomixiviridae e se sub em três tipos antigenicamente distintos; A, B, e C. Os vírus influenza A e B são os responsáveis pela doença endêmica, sendo o tipo A de caráter epidêmico ou mesmo pandêmico.
O vírus influenza A tem ampla distribuição na natureza, acometendo, além do home, porcos, cavalos, galinhas, perus, patos e outras aves migratórias que desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre os distintos pontos do globo terrestre.
GRUPO DE RISCO
A influenza atinge pessoas de todas as faixas etárias, sexo ou raça. Crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades associadas (hipertensos, diabéticos, obesos, cardiopatas e outros) são considerados grupos de risco, por apresentarem maior chance de desenvolver as formas graves e suas complicações respiratórias.
PREVENÇÃO
Atualmente existem duas vacinas inativadas no Brasil, a trivalente, composta por três cepas: cepa A (H1N1), cepa A (H3N2) e cepa B (Yamagata ou Victoria). E a vacina tetravalente composta por quatro cepas: cepa A (H1N1), cepa A (H3N2), cepa B (Yamagata) e cepa B (Victoria). Apenas uma cepa de influenza B compõe a vacina trivalente, e nem sempre a escolhida na composição da vacina é a mesma que irá circular na região. Por este motivo a tetravalente é a mais indicada.
Estudos mostram que a vacinação pode reduzir entre 32 e 45% do número de hospitalizações por pneumonia, e 39% a 75% da mortalidade global.
Empresas que vacinam anualmente seus colaboradores apresentam melhores resultados na produtividade pela diminuição do absenteísmo.
ESQUEMA VACINAL
Os esquemas variam de acordo com a idade. O Advisory Commitee om Immunization Practices (ACIP) e a American Academy of Pediatrics (AAP) recomendam e o Brasil utiliza o seguinte esquema:
Idade | Dose (mL) | Nº de doses |
6 meses a < 3 anos | 0,25 | 1 a 2* |
3 a 8 anos | 0,5 | 1 a 2* |
> 9 anos e adultos | 0,5 | 1 |
* Em crianças com menos de 9 anos, ao receberem a vacina pela primeira vez, são necessárias duas doses, com intervalo de 4 a 6 semanas.
A vacina não deve ser administrada a pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores.