A febre amarela é uma doença infecciosa aguda grave, causada por vírus e transmitida por vetores. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. As formas leves e moderadas representam cerca de 85% dos casos. Em sua forma clássica, que acomete cerca de 15% dos infectados, a letalidade, no Brasil, é próxima de 50%. Nas matas da América do Sul e na África, é endêmica. No Brasil é transmitida por mosquitos silvestres.
PREVENÇÃO
As vacinas disponíveis no Brasil são de vírus vivos atenuados, cultivados em embrião de galinha. Sua eficácia é de cerca de 97%, induzindo a produção de anticorpos protetores 7 a 10 dias após a vacinação.
ESQUEMA VACINAL
O calendário vacinal da criança foi modificado em 2015, a primeira dose da vacina contra a febre amarela em crianças deve ser aplicada a partir dos 9 meses de idade, e uma segunda dose aos 4 anos de idade. O PNI recomenda que crianças menores de 2 anos de idade não recebam as vacinas de febre amarela e tríplice viral no mesmo dia. Nesses casos, e sempre que possível, respeitar o intervalo de 30 dias entre as doses. Em adultos a vacina é recomendada para residentes ou viajantes para áreas de vacinação (de acordo com a classificação do MS e da OMS). Se o risco persistir, realizar uma segunda dose dez anos após a primeira vacinação. Vacinar pelo menos 10 dias antes da viagem. É contra indicada para imunodeprimidos. Quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar a situação. Há relatos de maior risco de eventos adversos graves nos maiores de 60 anos, portanto, na primeira vacinação deve-se avaliar o risco/benefício.
