POLIOMIELITE

POLIOMIELITE


Project Description

poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe – febre e dor de garganta – ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarreia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.

Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença. O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.

EPIDEMIOLOGIA

O poliovírus incide somente em humanos suscetíveis, principalmente crianças com menos de 5 anos, sobretudo se em más condições higiênicas e de saneamento básico. O risco da doença paralítica aumenta com a idade.

Esta doença foi de alta incidência no Brasil e em outros países americanos, deixando centenas de indivíduos com seqüelas paralíticas. Em 1989, registrou-se o último caso no país, após um período de realização de grandes campanhas vacinais. Em 1994, o poliovírus selvagem foi considerado erradicado no Brasil e nas Américas. Entretanto, continua circulando em outros continentes, o que impõe a manutenção de uma vigilância ativa para impedir a reintrodução do agente nas áreas erradicadas.

PREVENÇÃO

Existem duas vacinas disponíveis no Brasil, que diferem quanto a via de administração e quanto ao mecanismo dos imunobiológicos envolvidos. A vacina oral atenuada contra a pólio (VOP) e a vacina injetável inativada contra a pólio (VIP). A recomendação ideal é que todas as crianças recebam a VIP, porém a VOP ainda é usada na rede pública em crianças a partir de 6 meses de idade.

Na rede privada a VIP é encontrada em combinação com a vacina Penta e Hexa, reduzindo o número de picadas na criança. A VIP na rede pública é administrada separadamente em bebês de 2 meses e 4 meses de idade.

No futuro, a intenção é substituir a VOP pela VIP, por ser mais segura, já que a vacina oral contra a pólio, apesar de ser de fácil administração e de baixo custo, o vírus vacinal pode sofrer mutações no intestino humano, revertendo-se ao estado de neurovirulência e podendo, assim, provocar poliomielite. Outra desvantagem é que os vírus mutantes que não forem eliminados completamente pelos intestinos ficam circulando na comunidade e, desse modo, aumentam seu grau de virulência; Se a população não for vacinada em percentual alto, os vírus mutantes podem acarretar poliomielite em surtos na população.

ESQUEMA VACINAL

O esquema contra a pólio inicia aos 2 meses de idade, após aos 4 meses, 6 meses e 15 meses. Devendo ser reforçada dos 4 aos 6 anos. O PNI realiza campanha anual contra a pólio, através da vacina oral atenuada para crianças entre 6 meses e 5 anos de idade.

Ambas as vacinas podem ser intercambiadas nos diversos esquemas vacinais, independente do produtor. Entretanto, o esquema mais recomendado para a criança é com VIP, em razão dos possíveis eventos adversos com a VOP. Caso isso não seja possível, recomenda-se que, pelo menos, as duas doses iniciais sejam com VIP; seguindo-se da terceira dose e reforços, com qualquer das duas vacinas. Desta forma a criança não corre o risco de desenvolver poliomielite paralítica pelo vírus da vacina.

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