SARAMPO

SARAMPO


Project Description

O Sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. É transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. O período de incubação, ou seja, o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, é de cerca de 12 dias e a transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que surgiram placas avermelhadas na pele. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada [vesículas], responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do Sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

O sarampo é uma doença potencialmente grave. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro.

A epidemia na Europa e América do Norte reforça a importância da vacinação. Existem muitos mitos relacionados a vacinação contra o Sarampo e o autismo. Em Abril de 2015 foi publicado um grande estudo na revista Jama, da Associação Médica Americana, que concluiu, mais uma vez, que não existe nenhuma relação entre a vacina tríplice (contra a caxumba, a rubéola e o sarampo) e autismo. A pesquisa, feita com 95 727 crianças e liderada por cientistas americanos, não deve surpreender os médicos. Mas, para o movimento antivacina, representa um duro golpe.

Até hoje, a associação entre a vacina e a doença, feita pelo gastroenterologista inglês Andrew Wakefield em um artigo na revista Lancet, em 1998, é uma das principais alegações do movimento antivacina. Embora Wakefield, acusado de fraude, tenha perdido o registro no Conselho Geral de Medicina da Inglaterra, em 2010, e a Lancet tenha pedido desculpas publicamente, até hoje a tese de Wakefield ainda é enganosamente invocada contra a aplicação de vacinas. A crença de que os imunizantes podem causar autismo está na origem do surto de sarampo que atingiu os Estados Unidos no início do ano. Por causa dos adultos que decidem não vacinar as crianças, 159 jovens foram diagnosticados com a doença em 18 Estados. Não havia relatos da doença no país desde 2000. Em todo o mundo, são cerca de 80 000 casos de sarampo, parte dos quais na Europa.

Sintomas

Além das manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular eritematoso), que começam no rosto e progridem em direção aos pés, podemos citar os seguintes sintomas: febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas brancas na parte interna das bochechas (exantema de Koplik).

Otite, pneumonia, encefalite são complicações graves do sarampo.

Diagnóstico

É realizado através de exames clínicos e, quando necessário, confirmado por exame de sangue.

Tratamento

Por ser uma doença autolimitada, o tratamento é sintomático, isto é, visa ao alívio dos sintomas. Paciente com sarampo deve fazer repouso, ingerir bastante líquido, comer alimentos leves, limpar os olhos com água morna e tomar antitérmicos para baixar a febre. Em alguns casos, há necessidade de tratamento para o aumento de imunidade.

Vacina

A vacina contra o sarampo é eficaz em cerca de 97% dos casos. Deve ser aplicada a partir do primeiro ano de vida da criança, em duas doses com intervalo de 3 meses. Exceção feita às mulheres grávidas e aos indivíduos imunodeprimidos, adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina.

Recomendações

  • A vacina contra o sarampo é a melhor forma de evitar a doença que pode ser grave, especialmente se elas estiverem debilitadas; fique atento a carteira de vacinação de seu filho;
  • Procure saber a causa da doença de crianças que convivem com seus filhos. O sarampo é uma doença altamente contagiosa e de caráter epidêmico;
  • Não deixe de procurar atendimento médico se aparecerem manchas avermelhadas na pele de seu filho, mesmo que ele tenha sido vacinado contra o sarampo;
  • Investigue se você teve a doença na infância ou tomou a vacina quando criança. Em caso de dúvida é melhor procurar um centro de vacinação.

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